Preparando o caminho para o Senhor

Na Rede Jovem do dia 19/10/2013, a Karol deu início à reunião lendo o texto de Isaías 40:4-8 e então fez vários comentários e depois a maioria dos jovens participaram comentando também. Então, depois disso, com ajuda daquilo que foi falado e com alguns outros comentários, escrevi a mensagem que segue:

Profecia

Todos os vales serão levantados, todos os montes e colinas serão aplanados; os terrenos acidentados se tornarão planos; as escarpas, serão niveladas. A glória do Senhor será revelada, e, juntos, todos a verão. Pois é o Senhor quem fala". Uma voz ordena: "Clame". E eu pergunto: "O que clamarei?" "Que toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória como as flores do campo. A relva murcha e cai a sua flor, quando o vento do Senhor sopra sobre eles; o povo não passa de relva. A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre." Isaías 40:4-8

Cumprimento

Anás e Caifás exerciam o sumo sacerdócio. Foi nesse ano que veio a palavra do Senhor a João, filho de Zacarias, no deserto. Ele percorreu toda a região próxima ao Jordão, pregando um batismo de arrependimento para o perdão dos pecados. Como está escrito no livro das palavras de Isaías, o profeta: "Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor, façam veredas retas para ele. Todo vale será aterrado e todas as montanhas e colinas, niveladas. As estradas tortuosas serão endireitadas e os caminhos acidentados, aplanados. E toda a humanidade verá a salvação de Deus’". Lucas 3:2-6

João Batista se pôs impetuosamente contra a visão exclusivista dos judeus; ainda que fosse um povo privilegiado, a salvação não era somente para eles. O arrependimento para a vida (Atos 11:18) era para todos aqueles que cressem em Jesus.

João Batista visualizou um mundo sob o controle do Rei, não uma nação favorecida. Todos os obstáculos deveriam ser retirados. Nada deveria impedir a jornada de Cristo, nem bloquear o caminho até Ele.

Algumas lições que aprendemos:

Todo vale será aterrado

É muito significativo que o primeiro grande obstáculo é o vale vazio, não o monte. Esses vales vazios dificultam a chegada do Rei até nós. Qual é a mensagem por trás do uso da linguagem metafórica de João Batista? Qual deve ser o significado lógico de vales, montes, outeiros, coisas tortuosas e caminhos escabrosos?

Tratando-se de passagens simbólicas e parabólicas, não devemos esquecer que as parábolas nem sempre podem ser interpretadas literalmente.

O enchimento dos vales pode mostrar que Deus está desejoso de abençoar o pecador pobre e frustrado que, como os vales, encontra-se com o espírito abatido. O chamado de João Batista ao arrependimento quer dizer que, pela livre graça de Deus, os pecadores poderão ser tirados do monturo. A humanidade acha-se debaixo de uma maldição, numa vil condição. Mortos no pecado, os pecadores estão caídos e não podem levantar-se. Mas Deus é capaz de erguer o caído e somente Ele pode fazer isso. Jesus veio para salvar os pecadores, trazer liberdade aos cativos. Eles são levantados de um estado de morte para um estado de vida; de um estado de condenação para um estado de justificação; da temível maldição de Deus, ou maldição da lei, para toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo Jesus; de filhos de Satanás, ou filhos da ira, para se tornarem filhos de Deus; do poder de Satanás para o reino do Filho do seu amor.

Todos os montes serão nivelados

Nessa outra figura, João Batista vai ainda mais fundo. Que obstáculos eram esses interditando deliberadamente o caminho de Deus? Esses montes e outeiros tinham aplicação inequívoca aos fariseus dos dias de João. Em seu orgulho e arrogância, eles e os intérpretes da lei "rejeitaram o conselho de Deus quanto a si mesmos" (Lucas 7:30).

O orgulho sempre foi um grande obstáculo no caminho de Deus para o coração dos homens. A soberba dos fariseus se expressa na confissão de um deles: "O Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens...". Orgulhavam-se da própria justiça, apesar de rejeitarem a justiça divina (Romanos 10:3). Pensando-se justos, desprezavam os outros (Lucas 18:9).

Uma voz ordena: "Clame". E eu pergunto: "O que clamarei?" "Que toda a humanidade é como a relva, e toda a sua glória como as flores do campo. A relva murcha e cai a sua flor, quando o vento do Senhor sopra sobre eles; o povo não passa de relva. A relva murcha, e as flores caem, mas a palavra de nosso Deus permanece para sempre." Isaías 40:6-8

Precisamos ser humildes. Humildade vem da palavra “Humus”, que vem de terra, pó, e é isso que nós somos. Não há méritos em nós. Tudo vem de Deus!

Os judeus precisavam aprender que deveriam ser postos no mesmo nível dos gentios. Jesus, com Seu sangue, “comprou para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação.” Apocalipse 5:9

"Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes" Tiago 4:6

“Humilhem-se diante do Senhor, e Ele os exaltará” Tiago 4:10

Falamos sobre Jesus, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdenego, Paulo e outros homens humildes que tiveram suas histórias registradas na Bíblia.

O Rafael Clarindo citou Filipenses 2:3-8 que diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.”

As estradas tortuosas serão endireitadas

Existia muita coisa errada sendo ensinada. A guarda da Lei e o legalismo era o que prevalecia. A religião muitas vezes atrapalhava Deus chegar até aquele povo. Eram tortuosos na interpretação da lei, cuja regra estrita era: "O homem que fizer estas coisas viverá por elas" (Romanos 10:5). Cristo veio para que seus princípios, práticas e opiniões tortuosos fossem endireitados; e aqueles que criam eram consertados por Ele, na fé e na prática.

Existe tortuosidade na vida e no viver. O pecado nos leva para um caminho torto. Pecar significa errar o alvo, desviando-se do prumo divino; e assim os caminhos pecaminosos são caminhos tortuosos. Quando Paulo declarou que a mente carnal não está "sujeita à lei de Deus, nem em verdade o pode ser" (Romanos 8:7), queria dizer que, como pecadores, nascemos tortuosos e tornamo-nos mais tortuosos pela prática. Somente Cristo, pelo poder do seu Espírito, pode fazer cada parte da nossa vida harmonizar-se com a vontade divina. Somente Jesus pode perdoar os nossos pecados e endireitar a nossa vida, levando-nos a viver para glória de Deus.

E os caminhos acidentados serão aplanados

Os fariseus tinham posto muitos obstáculos no caminho do homem em direção a Deus. Era um fardo servir a Deus. Porém Jesus veio para trazer liberdade e nos dar o prazer de viver na presença de Deus. Precisamos ser facilitadores do caminho a Deus.

Temos que falar sobre a misericórdia de Deus, e sermos agentes da graça restauradora de Jesus. Precisamos expressar aos outros a verdade e a fidelidade de um Deus amoroso e perdoador, que enviou Jesus a esse mundo, para morrer em nosso lugar e que Ele é capaz de endireitar qual caminho errado, pois veio para nos salvar. Que o Senhor, que aplana caminhos, possa tirar de nós todos os obstáculos tão prejudiciais ao testemunho eficaz que produz vida nas pessoas.

O principal propósito no nivelamento dos montes, na terraplenagem dos vales, no conserto das tortuosidades e na suavização das estradas escabrosas é que os homens possam ver a salvação de Deus e testemunhar a revelação de Sua glória, evidenciada na cruz, onde o Cordeiro de Deus morreu antes da fundação do mundo, para nos salvar e manifestar Seu amor, justiça, santidade, verdade, graça e  poder, do Deus Todo Poderoso e soberano sobre tudo e todos. À Ele seja a glória para sempre!

Grande abraço,

Nele, Jesus, que aterra os vales, nivela os montes e endireita todo caminho mau, salvando o mais vil pecador.